quarta-feira, 7 de abril de 2010

PERSPECTIVAS

Paolo Guerrero, jogador peruano da equipa alemã do Hamburgo, no final do jogo da jornada do campeonato alemão deste fim de semana, reagiu mal às criticas dos adeptos vindas da bancada e agrediu um dos adeptos ao arremessar-lhe uma garrafa de plástico à cara.
Como o sucedido ocorreu na Alemanha, e não em Portugal, ainda o jogador não tinha chegado ao seu balneário e já o presidente do clube determinava que o seu acto não ficaria impune.
Não foi considerado relevante as provocações a que terá sido sujeito nem sequer a sua importância na equipa principal do Hamburgo onde é titular indiscutível.
O jogador veio prontamente pedir publicamente desculpa e reconhecer o seu acto irreflectido e aceitou a pesada multa pecuniária imposta pelo clube cujo montante reverteu para causas sociais da cidade.
Entretanto aguarda que a Liga Alemã estipule o seu castigo.
Jogasse em Portugal, ao invés do sucedido, Guerrero sairia desta triste cena como vítima e não como quem cometeu um acto condenável.
Teria o seu clube a defendê-lo cegamente e a considerar que a sua atitude era normal e justificada, teria os seus colegas a convocar a imprensa por ele para realçar a sua postura ética e moral intocável e teria ainda um bando enorme de inócuas criaturas a estudar e discutir o estatuto do espectador de um jogo de futebol.
Pois, irónico o facto de a moral e bons costumes virem da terra que em tempos cometeu o erro de ter um Hitler como líder.
Por cá ainda não evoluímos assim tanto...

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