quarta-feira, 7 de abril de 2010

TUGAS

O tuga não gosta lá assim muito de pensar.
É genético.
E acima de tudo dá muito trabalho!
Não deixa de ser mais fácil ser de uma dada religião porque os pais já o eram e de um qualquer partido político porque sim, de um clube, de certas rotinas hábitos e vícios, e uma vez escolhidos é para a vida.
Sermos de um clube por paixão, movida por uma força não racionável que nos transcende, é entendível.
É tribal, é emocional, é paixão e paixão não é para ser explicada mas sim vivida.
O problema é quando se transpõe este modo de estar para o resto da nossa vida em sociedade e no qual a razão deveria prevalecer.
É-se de um partido como se é de um clube e acomodamos-nos a posições e situações como se fossem algo de inevitável ou imutável.
Assistimos, e desejamos, a que outros decidam, bem ou mal, por nós e quase sempre ser percebermos, ou sem querermos perceber, porque tomam este ou aquele caminho.
Refugiamo-nos em chavões como 'não podemos fazer nada', 'a vida é assim', 'se estivessem lá outros faziam pior' e muitos mais apenas por comodidade mental e de forma a não enfrentar a nossa própria cobardia em tomar posição.
Gostaria de acreditar que vamos conseguir educar os nossos filhos para virem a ser um 'povo' melhor.
Porque só quando atingirmos uma maturidade social bem mais estruturada é que teremos em quem nos representa melhores pessoas, reflexo do povo que estão obrigadas a servir ao invés de dele se servirem.

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